A minha mãe caiu, pulso muito inchado. Fomos ao SAP mais perto, foi atendida, médico de serviço:
- Tem de ir ao hospital central
Destino CHNE Bragança. Fazer ficha e aguardar até ser chamada para a triagem, entretanto chegam uma senhora que grita muito com dores num joelho, dores que não consegue aguentar, passo seguinte, passar à frente de todos, normal, coitada. Lá chamaram a minha mãe para a triagem, etapa seguinte aguardar na sala de espera.
Pergunto se está muito demorado, e respondem-me que a ortopedia não, OK. Espera, espera, desespera, duas horas depois foi atendida, médico muito simpático, faz uma e outra pergunta, RX, resultado, dois ossos estalados, tem de ser operada, entretanto também chegou o RX da mulher com muitas dores no joelho, estava outro médico a observa-la e chama o que observava a minha mãe, olham os dois para o RX e nada não vêem nada, perguntam-lhe se tomava alguma coisa, resposta afirmativa, o quê?[perguntam] ela diz qualquer coisa, pelos vistos era medicação para a cabeça, diagnóstico efectuado.
Voltando a minha mãe, dialogo entre mãe eu e o médico:
médico: D. @@@@ a que horas jantou e o quê?
mãe: 19 horas e carne grelhada com batata cozida
médico: vou ligar a anestesista e talvez possa ser operada já. Anestesia local provavelmente sim.
mãe: mas tenho de ser operada[depois do médico falar com o anestesista] ?
médico: é melhor, o trabalho fica melhor.
eu: Dr. mas vai ser já de seguida?
médico: claro que vai, ou acha que eu quero aqui a sua mãe para olhar para ela[com cara de poucos amigos], não estamos aqui para perder tempo.
eu: [fiquei fula com a resposta, e não estou para aturar má disposição de ninguém, respondi calmamente] então desculpe que lhe diga, já podia ter ganho duas horas que foi o tempo que estivemos na sala de espera.
médico:!#?!"*??? [sorrisos] ah também é verdade.
Mudou logo de tom e de atitude.
Eu acredito que cheguem ao final do dia sem paciência, muitas vezes pelas situações que aparecem como o caso da senhora com muitas dores, que só tinha um problema mental/psicológico, mas tem de ter respeito pelos doentes e acompanhantes.
Enquanto preparavam a minha mãe, conversou comigo, cinco estrelas, agora quando vamos ao CHNE e cruzamos com ele, pára sempre para nos cumprimentar.
Quando temos razão, não podemos/devemos calar-nos.
Ana o que te deu, este post já vai demasiado longo, não achas?