"Aquilo que não nos destrói, fortalece-nos"
Friedrich Nietzsche

30.4.09

Historias de vida

Como é possível viver alguns anos com uma pessoa e no final não a conhecermos?

No meu tempo de estudante universitária, morava-mos 5 raparigas juntas, não foi fácil, mas foram bons tempos. Houve dias de discussão , de saídas, de jantaradas, de bebedeiras, ouve de tudo. Feitios diferentes mas que de certa forma foram-se moldando, havia por vezes ambiente de cortar à faca, mas tudo se resolvia.


Havia uma rapariga em tudo igual a todas mas no fundo bem diferente, ela estava a tirar o curso via ensino, não vou dizer a área, muito boa aluna no liceu, mas ao chegar à universidade as coisas não correram assim tão bem, o primeiro ano foi para o tecto. Como foi uma fase de adaptação, a família aceitou, nos anos seguintes as coisas foram correndo melhor, terminou o curso e era preciso fazer o estágio, nesse momento começaram os problemas dela.
Foi fazer o estágio numa escola pequena, todos se conheciam bem, ela era a professora/estagiária dedicada, dedicada de mais, ela vivia para os alunos preparava muitas actividades, ajudava-os muito, passou semanas em que praticamente não dormia, e a atitude para com os colegas de trabalho era muito boa estava sempre pronta para ajudar. A atitude começou a mudar tinha fases de euforia como de irritação, ou seja bipolar.
Foi internada e depois já podem imaginar o resto. Primeira tentativa de suicídio com medicamentos, depois tentou cortar os pulsos, passou um mau bocado, não falava com ninguém a não ser a família, telemóvel não tinha, mais uns tempos internada presa a uma cama para não tentar nada, foi uma época muito degradante e desgastante.
Hoje vive melhor com a situação, lítio penso que é diário, não tenho a certeza, ela não fala muito do assunto e não quero ser eu a puxar conversa. Quais os factores que contribuem para o desenvolvimento mais acelerado da doença, porque na altura os médicos diziam que umas pessoas são mais susceptíveis que outras, ela está lá muitas vezes não chega a manifestar-se.

9 comentários:

Saltos Altos Vermelhos disse...

Xiii! Já vistes? realmente a vida é cheia de surpresas!

Olhos Dourados disse...

Coitada, não deve ser nada fácil!

Armanda Barbosa disse...

olha eu acho mesmo que o maior problema é as pessoas nao resolverem os seus dramas, tens um problema e pensas "n m vou preocupar c isto" e mais um e mais um e aquilo começa finalmente a moer-te o juizo e a tendencia é fazer mil e uma coisas para ocupar a mente, até que ela começa a arranjar formas de escapar a tanta pressao, quando ela consegue a pessoa ta muito bem, quando nao consegue vem a depressao e depois acontece a bipolaridade, que é a mudança constante de comportamentos.
Pelo menos eu penso assim :S :S
(se calhar a doida sou eu, loool)

mjf disse...

Olá!
O nosso cerebro é uma caixinha de surpresas :=)
Por vezes trai-nos :=((

Beijocas
Bom feriado

Malinha disse...

Nunca sabemos o que a vida nos reserva, uma verdadeira caixinha de surpresas!!;P
bjs

Letinha disse...

Pois, deve de ter passado um mau bocado... =/

**

♥ Pedaços de Cor♥ disse...

Há novidades no blog, da uma espreitadela.

beijihno

Just Me...S disse...

Olá miga, não tenho andado por aqui porque sabes que continuo sem PC :(((

Quanto à tua amiga, não puxes realmente pelo assunto, acredito que se ela quiser, precisar, ela falará. Há coisas tão tristes nesta vida!!

beijoca doce

M disse...

um gd trauma pode despoletar, outras vezes despoletará naturalmente. Acima de tudo, é uma doença q deve sempre ser tratada e nnc estigmatizada.

bj meu